Se eu fosse um viajante adorava percorrer o mundo, com os meus amigos, de carro numa espécie de “surf trip”, à procura da melhor onda. Gostava de conhecer novas regiões, surfar nas grandes ondas do Hawai, acima de tudo, divertir-me.
Andar de localidade em localidade, a viajar pelo mundo, para mim seria uma experiência fenomenal! Iria ficar a saber mais sobre a cultura, costumes, música, história, gastronomia, moda e muitas mais outras coisas interessantes, sobre países e cidades por que passasse.
Uma das sensações que eu ia adorar sentir como viajante era o vento; consigo imaginar na minha cabeça, eu e o meu grupo de amigos, num descapotável, com as pranchas de surf atravancadas na parte de trás do carro e o vento a bater contra a minha cara, enquanto viajávamos nas largas estradas da Califórnia.
Adorava sentir aquela sensação de não estar “presa” a nenhum sítio (lugar); como se diz na linguagem dos surfistas “andar sempre na crista da onda”. Sentir aquela liberdade, saber que, de manhã, podia estar em Portugal a comer um pastel de nata de Belém e que, à tarde, poderia já estar em Espanha nas belas praias de Benidorm a beber um sumo e a comer umas tapas.
Se algum dia fosse tornar-me um viajante iria à procura da melhor praia para “espetar a minha prancha” e disfrutar do momento. Mas como nem tudo na vida é feito de água, ondas e areia, há que aproveitar o resto. Gostava de deixar-me levar pela adrenalina e aventura, conhecer a Itália, visitar todos aqueles grandes monumentos, aterrar na Ilha da Páscoa e tentar perceber como é que todas aquelas estátuas foram ali parar, chegar à Escócia vestir um “Kilt” e pegar numa gaita-de-foles e desatar a tocar.
Mas claro, havia muitos mais locais que teria que visitar, como ir ao Canadá, o país da minha heroína “Avril Lavigne”, estar de passagem na Alemanha e comer aquelas belas salchichas “Frankfurt”; Também, é claro, que não me importava nada de deixar o nosso querido carro e apanhar um avião até Bora-Bora e disfrutar do sol numa esplanada à beira-mar com um cocktail na mão, a observar o magnífico pôr-do-sol.
O último local a que gostava de ir, ou melhor, visitar para depois um dia mais tarde “espetar a minha prancha naquela praia”, seria mesmo a fantástica Ilha de Ibiza em Espanha mas, antes disso, teria que passar por Pamplona e assistir às “largadas dos touros” pelas ruas para me interiorizar um pouco da cultura Castelhana.
Bem como todos os viajantes, ia acabar por sentir saudade da minha terra Natal (Portugal) e algum dia teria que lá voltar, nem que fosse para comer umas bifanas e sardinhas assadas nos Santos Populares, em Alfama, e matar saudade dos tão irritantes elétricos, pois quando voltamos ao mesmo local onde nascemos , até as coisas que eram aborrecidas na altura, se tornam irradiantes e preenchem o nosso olhar.
Marta Pires Tomé, 10.ºB, n.º31
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